segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A luta pela mudança nos horários de aulas.

Existem estudantes e professores que tem acompanhado algumas movimentações que estão se dando no curso de Serviço Social. Queremos deixar mais claro o que está acontecendo e qual nosso posicionamento em relação aos conflitos.

O Centro Acadêmico de Serviço Social a partir de seus representantes foi ao colegiado discutir a possibilidade de que a disciplina Pesquisa III fosse ministrada em outro horário ou condensada em apenas um dia, pois boa parte da estudantada precisa trabalhar/estagiar e essa aula de manhã impossibilitaria a participação. Após isso nos afirmaram que dialogariam com a professora responsável e emitiriam uma resposta a nós.

Começou 2012 e para muitos estudantes, no ato da divulgação dos horários para matrículas, foi um início de ano com surpresas desagradáveis. O 6 período se viu com aulas pela manhã e tarde nos quatro dias da semana (além de pesquisa III está sócio-jurídico), com uma carga estafante e se perguntando “como pode”?

Muitos estudantes ficaram pasmos e somos tranqüilos em dizer que consideramos o horário abusivo por diversos motivos.

A primeira argumentação da qual dispomos, e mais importante, é que por mais que o curso de Serviço Social seja “diurno” (de acordo com a UFMA) não podemos fechar os olhos para a realidade sócio-econômica e perfil de quem compõe o curso e muito menos cercear o direito de jovens trabalhadoras o cursarem. Alegar que o curso é diurno e que você sabia disso quando fez vestibular, sabendo (e fazendo vista grossa) que a maioria de nossos jovens precisa se sustentar ou ajudar em casa, é no mínimo uma contradição de discurso muito grande.

Sabemos que o curso é diurno sim, de acordo com resolução CONSEPE, mas também sabemos que uma organização de horários em que os estudantes sejam melhor contemplados de acordo com sua realidade evita essa contradição pedagógica que está colocada. Também sabemos que nossas professoras são de dedicação exclusiva e que tem na ponta da língua o projeto ético-político e código de ética da profissão. E uma vez que sabemos que o COMPROMISSO de nossas professoras é com seus alunos (muito mais do que com a instituição), queremos dizer que não compreendemos o por que da inflexibilidade com relação aos horários. Além de tornar pública a nossa indignação e decepção.

Aprendemos em diversas vivências a partir do curso de Serviço Social a compreender os fenômenos que nos são colados para além da aparência e diante disso queremos fazer uma reflexão sobre “OS FATORIAIS” tão marginalizados pelo sentimento academicista de muitos. Vos pergunto: se muitos estudantes fatoriais o são por não poder fazer disciplinas pela manhã por conta de seu trabalho, estágio, grupo de estudos e etc, a culpa é deles? Como poderíamos solucionar isso? Quais medidas poderiam ser tomadas para garantirmos que todos possam cursar as disciplinas e terminar o curso em tempo hábil?

Queremos bater mais nessa tecla. Se o estudante precisa trabalhar terá que escolher entre o sustento (que financia suas Xerox, passagens, restaurante universitário e etc) ou o curso? Acreditamos que a partir do bom senso e diálogo entre docentes e discentes chegaremos a conclusão que não.

Outro argumento do qual dispomos diz respeito à formação profissional em Serviço Social. Está claro que um horário como o que está proposto para o 6 período prejudicará de forma irremediável a apreensão das aulas. Nós que já vivenciamos horários em que haviam aulas pela manhã e tarde sabemos o quão improdutivos eles se tornam. Nossas professoras já cansaram de ver em nossas faces o cansaço e isso não é novidade para ninguém. Além disso não sobraria tempo algum pra ler os textos propostos pelas 8 disciplinas, com um horário como o proposto pela Coordenação do curso.

Muito nos preocupa o reflexo que a manutenção de um horário como este causará na formação e na prática profissional lá na frente. Por qual tipo de formação estamos primando? E apesar de muitos não irem para estágio ou (por benção ou milagre) conseguirem dar conta das 8 disciplinas de manhã e tarde sem ter que priorizar umas em detrimento de outras, entendemos que o sentimento de coletividade se faz presente em nossas reivindicações. Defendemos um horário mais humano, para não dizer um horário socialmente referenciado condizente com o que ouvimos tanto em sala de aula.

Nossa proposta foi elaborada pelo conjunto de estudantes de Seso e esperamos que seja acolhida fraternalmente pelo DESES e pela Coordenação. As reclamações quanto aos horários pela manhã não se dão de hoje, mas desde quando os mesmos começaram a ser implementados. Reivindicamos a mudança do horário, mas principalmente que sejam tomadas medidas profundas para a solução d estes problemas, sérios.

Esta luta é por respeito e não é apenas de um período, é de tod@s nós.

Há braços na luta.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2012 vem aí!

Estamos cert@s de que 2011 foi um ano de muita luta na qual o movimento estudantil geral se fez presente. À luz dos levantes que ocorreram durante todo o mundo, derrubando inclusive ditaduras históricas, os jovens do Brasil também se sentiram sacudidos. As ocupações de reitoria, manifestações e atos públicos nas ruas, a luta contra o aumento da passagem em Teresina, os atos contra toda forma de opressão – racismo, machismo e homofobia - , a luta contra os grandes projetos irresponsáveis como a defesa dos povos e Rio Xingu, dentre outros...

Para quem dizia que não adiantava mais lutar nós dizemos que a luta de classes está sambando na cara do neoliberalismo novamente ;)

Estudante é pra lutar! Quem são vocês? Sou ESTUDANTE!

Há quem diga que a única função do estudante é estudar. Quem o diz acaba por negar a própria história na qual nos é colocado o importantíssimo papel que os estudantes e a juventude como um todo tiveram nas grandes transformações e lutas democráticas. Nós dizemos que estudante é pra estudar e lutar! Não recusamos o nosso papel histórico, recusamos a apatia que nos é colocada, recusamos esse discurso individualista e fatalista de que as coisas não podem mudar! Mudam sim... a história comprova, o presente também, e a nossa vontade mais ainda.

O Centro Acadêmico de Serviço Social – 8 de março

A atual gestão do CASS é fruto da atuação da comissão gestora provisória anterior que se chamava “No amor e na luta”. Somos orgulhos@s por viver esse processo com muit@s outr@s estudantes de Serviço Social da UFMA.

O ano de 2011 foi um desafio para o Serviço Social e quem participou do ENESS sabe bem. Apesar dos inúmeros obstáculos nossa delegação foi a São Paulo se fazer presente. Além dessa atividade importante construímos um momento para recepcionar @s calour@s. Estivemos participando e apoiando a greve estadual dos professores e posteriormente a greve do IFMA. Construímos também o 15-O (15 de outubro) em São Luis, uma manifestação que aconteceu em diversos outros lugares do mundo.

O ano que está por findar foi especialmente vitorioso para nós. Vimos entidades e coletivos estudantis juntamente aos estudantes independentes se unindo diante da despolitização e cooptação pela reitoria a qual nosso Diretório Central de Estudantes se encontra. O CASS sempre se fez presente na construção dos Dias de Luta em Defesa da UFMA, elaboração e panfletagem das cartas abertas aos estudantes, se reunindo semanalmente com representantes de diversos cursos nesse segundo semestre de 2011.

E para celebrar o fim do ano tivemos o CINE CASS com direito a pipoca (irrul) e depois um ponche com violãozinho... porque abstrair um pouco também é importante. J

10 % DO PIB PRA EDUCAÇÃO PÚBLICA, JÁ!

Encaramos como primordial para este ano a campanha dos 10% do PIB pra educação pública JÁ! Estivemos sempre com adesivos e panfletos a postos, nas atividades, defendemos os 10% em todos os espaços em que estivemos e construímos também o plebiscito nacional - votando e coletando votos na Universidade e para fora dela. E a campanha ainda não acabou! O serviço Social está na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade. Educação não é mercadoria! Educação é direito de todos e dever do estado!

Estam@s cert@s que 2012 será um ano de mais vitórias, porque se o presente é de luta o futuro nos pertence! Contamos com tod@s estudantes de Serviço Social pra escrevermos junt@s essa história.

Uma ótima virada de ano para tod@s.

Há braços na luta.


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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MANIFESTO AO CEUFMA ESTATUTÁRIO

O CEUFMA Estatutário, encaminhamento fruto da plenária final do XVII CEUFMA, tinha como objetivo a discussão do Estatuto do DCE e suas possíveis reformulações.
Como o próprio nome do evento deixa evidenciado, teoricamente este deveria ser um congresso de estudantes da UFMA, que é o espaço e instância máxima de deliberação do movimento estudantil na universidade. Porém, entre a teoria e a prática há um profundo fosso de distância.
A organização do evento limitou-se a um grupo de cartas marcadas escolhidos em CEB e, mesmo depois da plenária inicial com a eleição de novos integrantes para a Comissão, esses não tiveram acesso a documentação ou atividades de organização do evento, sendo apenas tolerados enquanto COCEUFMA.
Por outro lado, o Congresso não foi de maneira alguma divulgado em nenhum dos campi da UFMA pelo Diretório Central dos Estudantes, nem tampouco pela dita Comissão Organizadora. No que diz respeito a participação dos delegados e ouvintes dos demais campi, não foram garantidas as condições para que houvesse participação qualificada de todos os estudantes.
Somado a esse cenário, o que vimos nas propostas aprovadas, nas discussões e em todas as deliberações foi a representação máxima do reacionarismo, do retrocesso de direitos, da despolitização e da fuga do compromisso com a sociedade, com seu povo e com seu tempo.
Por isso, não legitimamos este espaço e convocamos todos os estudantes dessa universidade a se unir na luta por uma educação pública verdadeira, por um ensino a serviço dos trabalhadores e dos oprimidos, por um DCE livre, democrático, transparente, independente e de luta!!

ANEL
MOVIMENTO OS LIRIOS NÃO NASCEM DA LEI
VAMOS A LUTA
CONTRAPONTO
NAJUP NEGRO COSME
MOVIMENTO HIP HOP QUILOMBO URBANO
CA DE ENFERMAGEM DO CAMPUS BACANGA
CA DE SERVIÇO SOCIAL DO CAMPUS BACANGA
CA DE PEDAGOGIA DO CAMPUS DO BACANGA
DELEGADOS DO CAMPI DE CHAPADINHA: THIAGO JANSEN, CAMILA VIEIRA, ALICIA APARECIDA, CARMEM ELEN, LUCIANE GOMES DA SILVA,CLAUDENILSON DUTRA
CA DE AGRONOMIA-CHAPADINHA
CA DE BIOLOGIA-CHAPADINHA
DELEGADOS CAMPUS SÃO BERNARDO:JONATHA WENDEL,ILDA CABRAL
DELEGADOS DO CAMPUS DE BACABAL:ENIO FERREIRA,ALINE COSTA
INALDO RODRIGUES
DELEGADOS DE PINHEIRO: MARIANA MELO,
ANDERSON ARRAES SILVA – CA DE DIREITO- IMPERATRIZ
TAIRO LISBOA DELEGADO DO CURSO DE FILOSOFIA - SÃO LUIS

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Farsa do ENADE e a Postura do Centro Acadêmico de Serviço Social

Em virtude de alguns comentários em relação a NOTA 3 do Serviço Social da UFMA em relação ao ENADE gostariamos de socializar as razões de tal nota. Primeiro dizer que tal nota se deu em virtude do Serviço Social da UFMA e da maior parte das Federais terem aderido ao boicote ao ENADE, o boicote foi uma politica tirada pelo Fórum Nacional de Executivas e Federações de Cursos (FENEX) e amplamente divulgado e defendido pelo Conjunto CFESS, ENESSO e ABEPSS, inclusive com a emissão de vários documentos.
Tal postura se deu em virtude da contestação ao modelo de avaliação adotado pelo governo o - SINAES - Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, que deveria avaliar as Instituições de Ensino desde sua estrutura, à qualificação do corpo docente, técnico e Discentes. Contudo o peso desta Avaliação recai basicamente sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE, incluindo uma série de sansões e, oportunamente contendo um caráter punitivo às instituições que obtivessem notas baixas, contudo desconsiderando questões como regionalidade e a própria estrutura das universidades públicas, o objetivo fundamental é criar um ranking das universidades em uma lógica mercadológica à educação.
Tendo em vistas todos estes processos que levavam à uma inversão ilógica não apenas no processo da Avaliação, mas também no próprio sentido mais estrutural/conjuntural da Universidade como um todo é que como ato político se resolveu adotar o BOICOTE, numa perspectiva de em primeiro lugar dizer que não concordamos com essa avaliação verticalizada e em segundo o de chamar a atenção do INEP-MEC para que o mesmo avalie de forma integrada o curso em todas as suas dimensões, não apenas o corpo discente.
Todo esse debate foi travado junto ao conjunto de estudantes de Serviço Social e puxado pelas demais executivas e federações de curso. NO Serviço Social, o debate foi travado de forma bem tranquila com todos que iriam fazer o ENADE, foram apresentados os Prós e os Contras e feitas as defesas e contestações dos mesmos.
É acalorada a discussão sobre o ENADE, principalmente nas instituições onde alguns cursos obtiveram nota baixa. Como todos sabem, o ENADE é “O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes [...] tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.” (INEP, 2010). Contudo, o que poucos sabem, é que o ENADE é uma avaliação incompetente para avaliar o que ele mesmo propõe.
Primeiramente, as provas do ENADE são iguais para todas as regiões do país, ou seja, um curso de Serviço Social, por exemplo, do extremo norte do Brasil, vai ser avaliado da mesma forma que um curso de Serviço Social da Região Sudeste. Ou seja, a avaliação não leva em consideração as diferenças regionais. Isso é grave, pois engessa as escolas, impedindo-as de criarem seus currículos de acordo com as demandas regionais. Os currículos, por causa do ENADE, passam a ser elaborados não para atenderem as demandas regionais, mas sim para tornarem possível uma boa nota na prova.
Outro ponto: as provas só avaliam o desempenho dos estudantes, não avaliam a estrutura da faculdade, os professores, enfim, outras variáveis que poderiam contribuir para a boa qualidade ou má qualidade do curso. Além disso, por exigirem de forma tirana a participação dos estudantes, acaba por provocar boicote às provas, o que prejudica o conceito final que é utilizado para medir a qualidade dos cursos avaliados — o boicote às vezes nem é organizado, mas atos isolados de boicote prejudicam sobremaneira a conceituação do curso.Agora um dos pontos mais graves: algumas instituições utilizam a nota do ENADE para fazer marketing, ou seja, utilizam o conceito obtido na avaliação para fazer propaganda de seus cursos.
Como esse método de avaliação não é hábil para avaliar a boa qualidade de cursos, ele contribui ainda mais para a mercantilização da educação, uma vez que torna possível o uso de resultados duvidosos para fomentar a venda de cursos de graduação — venda sim, pois muitas instituições particulares de ensino superior funcionam como verdadeiros shoppings de cursos: fazem propagandas bonitinhas cheias de gente sorrindo, criam panfletos bem elaborados, investem em campanhas de marketing etc. Assim, a maior preocupação não é a boa qualidade dos cursos, mas sim a quantidade — buscam angariar o maior número de estudantes (consumidores) possível.Outro ponto também grave: as instituições, para não obterem um conceito baixo no ENADE, deixam de se preocuparem com o ensino, com a missão de preparar um profissional que seja capaz de pensar e produzir conhecimento.
As instituições então se preocupam em preparar os estudantes para a prova do ENADE, e fazem isso aplicando provas ridículas — durante o semestre letivo — com uma autoridade despótica, buscando com isso tornar o estudante apto para encarar esse exame. Dessa forma, apenas produzem um profissional que sabe fazer prova. — também, já ouvi falar que algumas instituições criam cursos preparatórios para o ENADE, não sei se isso é verdade, mas do jeito que as coisas estão...
Além desse problema, as instituições, por causa dessa posição despótica e marketeira, tornam o estudante um sujeito mudo, medroso, pois ele tem medo de contestar alguma coisa — contestar professor, discordar dos métodos de avaliação etc. — e então “tomar pau” nas disciplinas e demorar ainda mais para se formar. As instituições então, por meio de suas “aulas de instrução para fazer ENADE”, apenas ensinam “como fazer uma prova razoável e não contribuir para a nota do ENADE se tornar um pavor para reitores e coordenadores de curso”. Além disso:
As aulas, geralmente oferecidas por professores que apenas dão aula, reproduzem, neste gesto ordinário, alunos que, em vez de aprenderem a reconstruir conhecimento com devida autonomia, sucumbem à cópia da cópia.
Os estudantes chegam ao fim do curso muito despreparados até mesmo para serem “recursos humanos”, porque não atendem às expectativas de inovação e mudança da sociedade e também da economia. (DEMO, 2004, p.49).
Ou seja, as instituições formam então papagaios que só repetem o que outros dizem, pessoas que só sabem reproduzir a cópia que o professor lhes apresentou — uma cópia que já era também cópia, pois o professor muitas vezes não produz material, mas apenas repete o que um ou outro autor disse.Assim, caminha a educação superior no nosso Brasil. E assim segue nosso governo míope, que, ao invés de desenvolver um método de avaliação eficiente, produz uma aberração que contribui ainda mais para a mercantilização e piora da qualidade do ensino brasileiro. É preciso avaliar o ensino superior de forma eficiente e inovadora.
O que o ENADE faz não é avaliar, é esconder a verdadeira face do ensino superior no Brasil. E, aos estudantes: é preciso lutar para mudar a forma de avaliação do ensino superior, afinal, os estudantes são as pessoas que gastam tempo (e dinheiro também) de suas vidas sendo vítimas de toda essa perfídia.
Esta decisão, portanto não se deu por acaso ou por indicação de um pequeno grupo. Hoje, a lógica do governo é fortalecer o EaD e as instituições privadas, temos que tomar cuidado para não dançar a dança do governo e tornarmos o curso um serviçal apático e acrítico, pura e simplesmente emissor de mão-de-obra ao mercado. Para Além das 5 estrelas da Editora Abril que nos qualifica enquanto um dos melhores cursos do país, temos um projeto ético-político profissional a defender, uma tradição de combatitividade e isso se expressa mais recentemente na conquista da categoria com a luta pelas 30 horas semanais para Assistentes Sociais.
Os processos de conquista e garantia de direitos não se dão de forma tranquila e sem contestação é preciso romper com os grilhões de subserviência e ousar ir além.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Nota de apoio à greve dos educadores estaduais


O Centro Acadêmico de Serviço Social - 8 de março, vem, através desta nota, manisfestar seu total apoio à Greve dos Educadores do Estado do Maranhão. A greve foi deflagrada nesta última terça-feira, dia 1º de Março de 2011, tendo como ato incial uma caminhada da biblioteca central até o Palácio dos Leões (sede do Governo do Estado do Maranhão). Os professores trazem como pauta a aprovação e aplicação do estatuto do educador e mais 21 reivindicações que visam melhorar as condições de trabalho dos educadores do Estado do Maranhão.
Nos mostramos solidários a esta luta por entendermos que ela não é apenas dos educadores, mas sim de todos aqueles que lutam e defendem uma educação pública, gratuita e de qualidade. Até o presente momento o Governo do Estado tem se demonstrado insensivel as manifestações dos professores e em nota aos pais dos alunos a Secretaria de Estado de Educação escreve: "O movimento de greve que se instala nas escolas causa prejuízo para o cumprimento do calendário escolar que, pela primeira vez, depois de oito anos, deverá ser cumprido dentro do período letivo. O governo entende que os mais de 500 mil alunos maranhenses não podem ser prejudicados com a paralisação das atividades nas escolas".
O que o Governo, nem tão pouco a secretaria de Educação conseguem entender é que o prejuízo maior não é o causado pelas paralizações dos professores da rede estadual em busca de seus direitos. O prezuízo maior vem por parte do descaso do Governo com a Educação no Estado do Maranhão, com cortes no orçamento e um investimento insignificante para o setor, o prejuízo maior vem com a precarização que a educação pública sofre nesses mais de 45 anos em que as riquezas do estado são violentamente usurpadas pelas sangue-sugas que compõem a Oligarquia Sarney. Não é a paralização dos educadores que traz atraso a educação, mas sim essa política viciada à corrupção, que faz do Maranhão uma terra sem Leis, fazendo com que as desigualdades e injustiças no estado se alastrem mais rapido que a devastação das matas e as plantações de eucalipto da suzano celulose.
A tentativa do Governo agora é jogar a sociedade contra o ato dos educadores. Cabe a cada um de nós demonstrar quem de fato são os inimigos do Maranhão, quem são os inimigos da Saúde, da Educação, do Trabalho e da Cultura no estado. Agora é Resistir e Não se Adaptar!!!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

É necessário continuar as lutas!!! Por um Governo dos Trabalhadores no Egito.

Após 18 dias de intensos protestos que tomaram diversas cidades do Egito, o ditador Hosni Mubarak, 82, renunciou ao poder depois de comandar uma ditadura com mão de ferro durante 30 anos. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, na TV estatal. Em poucos minutos, centenas de milhares estavam em festa e aos gritos na praça Tahrir, epicentro das manifestações de oposição.
A saída de Mubarak solidifica a crise no mundo árabe, sendo a segunda ditadura a ruir na região em menos de um mês. Ainda no dia 14 de janeiro a Revolução do Jasmim levou o ditador da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali, a abandonar o país, em meio ao movimento que se alastrou para outros países, causando protestos na Mauritânia, Argélia, Jordânia e Iêmen.
A população, desafiando o governo e as próprias Forças Armadas, continuou nas ruas do país. Milhares marcharam e cercaram os principais prédios públicos do Cairo, além da sede da TV estatal, e sitiaram o palácio presidencial.
Além das massivas manifestações, várias greves estouravam pelo país, exigindo além de reivindicações como aumento salarial, a queda do governo. Os trabalhadores anunciavam também uma greve geral a partir desse dia 12 pela saída do ditador.
A crise no mundo Árabe demonstra o poder que há na organização das massas e a necessidade concreta de derrubar governos opressorres e mais que isso, lutar por uma nova ordem societária, a qual só pode ser construída na luta de classes. Há muito o que se comemorar sim, pela força e coragem do povo egipcio. Todavia é necessário que as lutas continuem. O Ditador saiu, mas é preciso lutar contra a ditadura. Saiu, todavia deixou o poder nas mãos das Forças Armadas, que só nos ultimos momentos, estrategicamente, demonstrou-se "solidária" às manifestações. O homem forte do Egito agora é Mohamed Hussein Tantawi, homem de confiança de Mubarak e dos EUA. É preciso ter cuidado e não se deixar cair no fantasioso discurso "o povo foi vitorioso, tudo está em paz agora, VIVA!!!!" e não esqeucer dos reais motivos que levaram o povo a luta: a fome, o desemprego, a miséria, ausência de Politicas Sociais Públicas para Saúde e Educação entre outro... Apenas um governo feito pelos trabalhadores pode atender às reais necessidades do Povo Egipcio.

CORESS - Unama-Belém/PA

Nos dias 03, 04 e 05 de Fevereiro de 2011, ocorreu na Universidade da Amazônia - UNAMA, em Belém/PA, o XXVII CORESS (Conselho Regional de Entidades Estudantis de Serviço Social). O CASSUFMA esteve presente com uma delegação de 32 alunos de Serviço Social da Universidade Federal do Maranhão. Foram 3 dias de intenso debates e aprendizado junto aos camaradas da UFAM, UFPA, UNAMA, UFMA e Mário "menino Folha" (Coordenador Nacional da ENESSO responsavel pela Região 1).
No dia 03 as atividades começaram com a apresentação da mesa de abertura, sendo esta composta pelo DCE e CA da escola sede (UNAMA), DCE/UFPA, Representante Discente Regional da ABEPSS, Coordenador Regional - ENESSO, CRESS/PA, Coordenador Nacional - ENESSO.
Após este primeiro momento nos dirigimos à prefeitura da cidade, realizando uma grande caminhada pela cidade em protesto ao aumento da passagem de ônibus na cidade que passaria de R$ 1,85 para R$ 2,20. Estivemos nas ruas ao lado dos estudantes e trabalhadores belenenses para dizer "Não ao aumento!". Assim como em várias cidades do país, a rede de transporte é precarizada e a frota é insuficiente para atender à demanda da população, a qual sofre humilhações diariamente tendo que se amontoar nos coletivos e compromentendo mais de 20% de seu salário apenas para pagar as passagens de ônibus, com o aumento isso se elevaria para mais de 25%.